quinta-feira, 28 de janeiro de 2010


Não é curriqueiro este meu tipo de leitura.Mas hoje, certo enunciado me chamou atenção: "Psiquiatra diz que escolhemos parceiros pela neurose, não pela beleza".O livro se chama o "o Nó e o laço" e parece ser interessante.

"Queixar-se do outro sugere a presença de dois sentimentos, a antipatia e o antagonismo. A antipatia acontece quando não gostamos de alguém, quando não queremos ficar perto daquela pessoa. O antagonismo acontece quando discordamos de alguém, mas adoramos estar perto desse alguém, disputando, brigando - estejamos ou não conscientes disto. Vale dar um exemplo do mundo do futebol para entendermos melhor este tópico. Há pessoas que torcem para um time diferente do nosso, mas com quem encontrar para discutir, tirar um sarro etc. Isto é antagonismo, e ele aproxima. Se sentíssemos antipatia por essa pessoa, ao vê-la, mudaríamos de calçada apenas para não encará-la.

É preciso muito cuidado com esta historinha vitimosa, porque raramente existem bandidos e mocinhos no amor; estamos mesmo, os dois, tentando nos salvar de nossas próprias angústias. Marido e mulher são como dois náufragos que, nadando num mar de desejos e sentimentos conflitantes, acabam se encontrando, segurando-se um no outro e, com isto, salvando-se momentaneamente de morrer afogados ou de frio. Mas os dois são náufragos - ninguém está salvando ninguém."

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sozinha observo melhor as cores.Os excessos.Os afetos que me faltam ou me afetam.Sem ninguém por perto meus olhos ficam mais abertos.Imersos num vazio recheado de detalhes doces.Longe das cortes, sento no meio-fio dos meus pensamentos, na beira do que eu invento e aproveito, o lado bom da solidão

O lado bom,
Composição de Oyens e Zélia Duncan

domingo, 24 de janeiro de 2010

Ela tinha olhos que pareciam duas jabuticabas.E assim como os cabelos, escuros, seus olhos tão negros e brilhantes chegaram até mim. Ela estava à minha frente, devia beirar os três anos de idade e tinha perfume de flor.O tempo lá fora estava fresco, planejando uma chuva... mas algo começava a me fazer suar frio. Ao meu lado minha família, ao lado dela um homem. Um senhor bem apessoado,o qual me trasmite ilimitada simpatia desde o primeiro dia que o vi.Usava um suspensório preto e um óculos não muito grande. Não muito longe dele, eu também avistava um casal.Um belo casal.O assunto hoje era a família. Pensei muito à respeito de como lidar com a minha. De como ficar mais perto de Deus. Eu já suava frio, mais... e mais... Essa noite, senti meu coração amarrado, como se amarra algo com cordas. Pude ver lágrimas caindo, também as senti em meu rosto.Tive comigo alguém que vem sendo um pedacinho de mim a algum tempo, mesmo que não presente em carne e osso, o tive ao meu lado.Ao mesmo, quero repassar toda a força que hoje eu tive a certeza que preciso adquirir. Quanto a garotinha, eu vi inocência nos olhos dela, vi sua mão deslizar sobre os cabelos de sua mãe, vi o encostar de seu queixo nos ombros do pai. Inocência talvez seja uma palavra rara hoje, difícil de se ter. Algo me suspendeu e Alguém me mostrou a mim mesma lá de cima. Inocência eu não tenho mais. Antes eu queria começar a mudar as coisas. Agora eu vou mudar de verdade.

Já começava a trovejar lá fora, raios tão brancos que eram capazes de clarear a noite.Chove até agora, e como uma sinfonia a chuva acalma o meu coração. Depois de um temporal sempre vem a calmaria.Acho que ela está tão próxima agora.
Meu horóscopo estava certo, tenho que admitir.

Aquele gosto amargo do teu corpo, ficou na minha boca por mais tempo .De amargo então salgado ficou doce, assim que o teu cheiro forte e lento.Fez casa nos meus braços e ainda leve e forte, cego e tenso fez saber que ainda era muito e muito pouco. Faço nosso o meu segredo mais sincero e desafio o instinto dissonante. A insegurança não me ataca quando erro e o teu momento passa a ser o meu instante. E o teu medo de ter medo de ter medo.Não faz da minha força confusão, teu corpo é meu espelho e em ti navego e eu sei que tua correnteza não tem direção.Mas, tão certo quanto o erro de ser barco a motor e insistir em usar os remos,é o mal que a água faz quando se afoga e o salva-vidas não está lá porque não vemos.(Renato Russo)

sábado, 23 de janeiro de 2010

Primeiro que eu não gosto desses rosas assim, cintilantes,fortes.Ainda mais com preto, não, com preto fica péssimo. Bom, isso não tem nada haver eu só precisava de um começo. Chove, faz sol, chove, faz sol... a noite não tem sol, mas vai continuar chovendo. Sábado a noite é bom pra agradar o coração.Meu horóscopo diz que é inoportuno "atividades socias e eventos badalados", por outro lado, reflexões sobre questões intímidas tendem a me fazer muito bem.Ainda bem que eu não levo a sério esses supostos "conselhos" dos astros. Tenho ansiedade.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

"Estrelas, vaga-lumes dentro de uma caixa..."

Luz.Essa é a palavra hoje.Logo que acordei um mar de luz me abraçou, suponho que seja a consequência da agradável noite que tive.Na verdade já faz um tempo que eu não fico no escuro. Não me refiro ao apagar das luzes, das lâmpadas, isso aconteceu hoje... mas bobeira, o que um risoto não faz. Me refiro a caminhos escuros, os quais temos a oportunidade de conhecer todos os dias. Sei que venho e que vou pela claridade e se por qualquer motivo precisar mergulhar em dias, ou horas, não tão claras... deveria me lembrar... quem sabe... dos vaga-lumes. Bichinhos tão pequeninhos, tão menores que nós, e que são conhecidos por que brilham. A gente também pode brilhar, e deve. Abrir as cortinas, olhar pra fora.Quanto as estrelas, bem... que fiquem no céu como pontos de luz, servindo de inspiração.Depois de uma história,(ouça-me sussurar agora) retiro-me devagarinho lhe desejando uma boa noite.

"Fui apenas uma pequena engrenagem de uma máquina altamente intimidadora. Meu trabalho não era ser amado, eu não tive nada, nada, nada a haver com o uso de gás. Eu estava cumprindo ordens,eu nunca ordenei a morte de um judeu. Nunca aceitei dinheiro para liberar judeus. Onde eu iria arranjar os crânios que queriam?Posso ser culpado por que ajudei na evacuação, mas nunca fui um antissemita."

Ele mentia, sempre que repetia 3 palavras, ele mentia.

Entrevista gravada em 1983. Centenas, até milhares de pessoas nunca ouviram falar de Eickman, nem sabem o destino dele, não sabem que ele foi julgado e enforcado.Muitas pessoas, entre elas, muitos jovens no mundo todo... se perguntar a eles : quem foi hitler? muitos dirão que nunca ouviram falar dele. Quando se percebe o que realmente aconteceu, não foram apenas 6 milhoões de judeus mortos no holocausto, houve milhões de outros.Eickman foi responsável pela morte deles também. A crença na democracia, essa é a única coisa que pode salvar a humanidade de pessoas como Eickman. Existem muitos Eickmans latentes por ai, mas Eickman só podem surgir, só podem crescer numa ditadura.E as ditaduras de esquerda e direita são iguais, mas nunca numa verdadeira democracia.

A solução final, plano nazista para o extermínio de judeus.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Outro recurso muito eficaz, o mais eficaz de todos eles,consiste em "contrariar'' os santos. Enquanto não chovia os santos não voltavam para seus lugares. Mas se a vida mesmo assim não melhorar, os beatos vão largar a boa-fé. E as paróquias, com seus santos, tudo fora de lugar.Santo que quiser voltar pra casa, só se for a pé.

(Chico buarque)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

certo, ninguém disse que seria fácil... tenho um milhão de coisas na fila, esperando e fazendo barulho, pra eu pensar, pra eu parar. De fato, não me falta a vontade de ter tranquilidade.Tranquilidade, a palavra em si até acalma e hoje me vem como tempestade implorando pra que seja achada. As gotas já não são só gotas à algumas horas... lá fora deve estar frio, e deve ter gente passando frio também. Deve ter gente, que as vezes nem sabe que é gente, jogada por aí. E a única coisa que eu tenho pra fazer é pensar, costurar algumas idéias.Isso se chama: comodidade, passar o dia em branco. Isso me enjoa.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

bibibibibi... como eu odeio mesmisse. Se tem uma coisa que me deixa indignada é a mesmisse das pessoas. Conversava eu sobre tal assunto ontem, pela madrugada...(diga-se de passagem que a madrugada pode ser acolhedora, ah tempo revelou-me ter braços enormes e acolhedores) com alguém que ainda não conheço, mas sei que repudia esse tipo de coisa, de gente igual.Sabe, se fosse pras coisas sempre serem iguais, o dia não viraria noite, o sol e a lua brilhariam juntos ao mesmo tempo. Isso se chama es-pa-ço.Cada gotinha do mundo devia ter anseio de não ser chamada de mar, ao menos eu penso assim(isso é uma metáfora). Que o santo dos pobrezinhos não criativos me perdoe, o verde que reluz da palavra esperança realmene é lindo, mas gente burra não tem conserto.
Férias. Férias não tem nada ver com relógio, com saber os dias da semana.Pff meus horários estão virados.Ainda tenho coisas interessantes pra fazer "antes de ir". Não reclamo de falta de tempo,tenho tempo. Tenho vontade, tenho companhia.Não tenho medo, que nem se tem medo de escuro ou de baratas... só sei que sentirei saudades. Hoje eu vi algumas pombas na rua (costumava notá-las diariamente pela manhã, manhãs frescas, em tempos de colégio... eu gosto de pombas.)hoje elas pareciam estar querendo chamar atenção e voavam beirando nossas cabeças... geralmente pombas são corajosas.Do latim coraticum,coragem, essa é a palavra hoje.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

"Ando tão à flor da pele.Meu desejo se confunde com a vontade de não ser.
Às vezes me preservo. Noutras, suicido! Eu digo calma alma minha,
Calminha!Você tem muito que aprender... "

Noite em claro. Dessas noites que são boas pra lembrar. Algo me causa iquietação hoje... e isso me torna extremamente irritante. Inconstâncias demais que me roubam a concentração, não me vem nada proveitoso à cabeça agora. Dias assim geralmente sugerem que se fique sozinho, uma chícara de café forte(uma, tão só como uma chícara de café, não queremos prolongar tantos as coisas, certo?)pés quentes, uma voz baixinha. Nada demasiado demais... com gosto de antibiótico. Hoje dispenso até mesmo flores. Penso que o dia todo pediu pra que chegasse logo à noite, pra que tudo ficasse assim, da mesma cor, meio azul marinho...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Como uma gangorra: essa minha vontade. Hoje acordei com as palavras na cabeça, pedindo pra serem escritas em algum lugar, talvez você não saiba o que é isso. Digo que é como sonhar com alguém e acordar pensando, nesta, com a sensação de tê-la por perto, e talvez não fisicamente. Bom, isso também aconteceu comigo hoje. Ah quem diga que um dia chuvoso, como hoje, é um banquete pra quem gosta de perambular a mente e escrever suas façanhas. Concordo, mas mesmo que úmido, hoje acordou com cara de ser aconchegante...gosto de sobremesa. Talvez volte aqui desentulhar alguns pensamentos.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

to pensando no que escrever aqui...