segunda-feira, 29 de março de 2010
"Você é um perigo com sal na mão".Foi o que me disse a poucos minutos atrás...e eu não conssigo parar de pensar nisso. É claro, ela falava da comida, mas eu não.Pode até mesmo parecer bobeira, mas eu ando levando sérias patadas por sempre tentar temperar as coisas do meu jeito.Perdoe-me , mas que gosto de vomito!Não é por nada não, só não conssigo ser diferente. Devo esclarecer que não falo de temperar comidas, o que também não deixa de me agradar. Eu falo de temperar a vida. A minha vida e a vida de quem eu gosto.De fazer as coisas, as mais pequeninhas, como se faz trico, ponto a ponto, entrelaçando os fios cuidadosamente.É uma pena quando se perde o ritmo... quando se perde todo o trabalho.Eu falo de não dormir a noite só pra de ver o sol nascendo, falo de sede de água pura, sede de abraço. Falo de saber olhar, poder ver o piscar dos cílios de pertinho. Talvez eu devesse parar de gostar das pessoas.Eu até compraria uma fórmula, um antídoto...
domingo, 28 de março de 2010
— Por que não ter memórias?
Os buracos negros, eu quis dizer. Mas fiquei quieto, desejando apenas ter um disco qualquer de cítara tocando para que nesse momento pudéssemos interromper a conversa para prestar atenção num acorde qualquer entre duas cordas, mais um silêncio que um som. Sempre podíamos ouvir a chuva, seu bater compassado na vidraça. Ou acompanhar com os olhos as gotas escorrendo atrás do roxo e do amarelo. De pontos diferentes, às vezes duas gotas deslizavam juntas para encontrarem-se em outro ponto, formando uma terceira gota maior. Mas talvez ele achasse tedioso esse tipo de diversão.
—Ter memórias — repeti.
caio fernando abreu.
eu adoro esse texto...
Os buracos negros, eu quis dizer. Mas fiquei quieto, desejando apenas ter um disco qualquer de cítara tocando para que nesse momento pudéssemos interromper a conversa para prestar atenção num acorde qualquer entre duas cordas, mais um silêncio que um som. Sempre podíamos ouvir a chuva, seu bater compassado na vidraça. Ou acompanhar com os olhos as gotas escorrendo atrás do roxo e do amarelo. De pontos diferentes, às vezes duas gotas deslizavam juntas para encontrarem-se em outro ponto, formando uma terceira gota maior. Mas talvez ele achasse tedioso esse tipo de diversão.
—Ter memórias — repeti.
caio fernando abreu.
eu adoro esse texto...
domingo, 14 de março de 2010
Gosto estranho, que amarra a boca e também algo que pulsa aqui dentro, em algum lugar.E pulsa estranho, sem ritmo, meio perdido. Talvez seja o coração, desbotado,implorando cores,ou simplismente memórias acumuladas...Denovo, denovo...as vezes me faço perguntas e antes de ouvir as minhas próprias respostas, desvirtuo.
domingo, 7 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
4 cachorros. Dois deles dormindo. Um só mexe uma orelha, outro come pombas(mortas). Eu vejo muita gente estranha todo dia, eu ouço a palavra rotina nos olhos delas. Algumas - a maioria delas - bossejam, cochilam, talvez até sonham em estar numa cama quentinha, no começo da noite.Mas enquanto isso a ditadura implacável do relógio marca as frescas 6 horas da manhã. Ai, ai, ai, o inverno se aproxima e as coisas vão ficar "ásperas" por aqui, digo no sentido metafórico da palavra. De manhã tentei contar até 3 quando ouvi o despertador esperneando de-ses-pe-ra-da-men-te - devo ter beireirado o 1,5 - e mais do que encher os pulmões de ar, atrair força e bom humor pra única primeira semana de março de 2010 da história! (o que é espantoso de tão óbvio). Ao menos o meu fds foi bem proveitoso, talvez eu o use como inspiração mais tarde.
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