segunda-feira, 12 de julho de 2010

chá de borboleta

1, 2, 3, cinquenta e três. A parte doce do meio amargo. No frio, cachecol feito caracol enrolado no pescoço. Comum que nessas épocas do ano as doenças e viroses saiam à passeio feito cobras com água na boca rastejando por vítimas. Conheço uma que ataca o coração, tão bela e venenosa, chama-se paixão. Primeiro é enfeite como conversa de curandeira, depois brinca de ser cupim e corrói toda a madeira. Sai à francesa, pisa na mesa, deixa a vela... acesa. Deve-se alertar a todos que a vacina é traiçoeira, podendo ser apenas passageira. À essas desastrosas impetuosidades recomenda-se chá de borboleta, pássaros da alma, que voam de olhos abertos. Que voam os olhos, abertos.