quinta-feira, 1 de julho de 2010

Equilibre-se.


Ok. iria começar com um declame de que quando a idade chega, as dores também aparecem. Vamos poupar essa parte, as dores sempre estiveram presentes, coitada da minha amada mãe quando me teve. Eu queria falar exatamente sobre dores nas costas. Eu as tenho com frequência. Algumas dores são boas de se sentir, ao menos eu gosto de sentir dor nas pernas ao fazer musculação (ah sim, quando eu fazia...) é uma dor que traz recompensas... lembre-se que o verão não tarda. Mas dores nas costas não, não é nada bom. Fui procurar aliviar essa cruz que eu carrego... certa noite não saberiam diferenciar uma cobra contorcionista ou uma pobre velha deitada na cama... era eu. Tentei chorar pra passar, não passou. Fui ao médico, denovo ao mesmo médico, bonzinho, me indicou fazer pilates. Já havia tentado fisioterapia, algumas sessões até me fizeram bem, mas eu eu não suporto esse tipo de coisa tediosa, cronômetrada e regular. Voltando ao pilates, acordei cedo e tirei do fundo da mala uma calça de ginástica, tomei meu café rotineiro sem o qual não vivo. Entre alogamentos e movimentos relaxantes, a professora, muito simpática, falou sobre equilíbrio. Mandou-nos ficar em pé, sobre somente um pé e em uma posição confortável por quase 10 segundos. Depois, repetir isso de olhos fechados. É estranho como fechar os olhos as vezes nos tira o norte e ao mesmo tempo nos mostra toda uma imensidão. É mais difícil manter o equilíbrio de olhos fechados, tente e perceberá. É sobre isso que queria falar hoje, sobre equilíbrio, o qual eu busco agora desesperadamente (eu ainda vou consseguir tirar esse desesperadamente do meu vocabulário). As vezes eu preciso muito ficar sozinha, me fazer companhia. O isolamento e a vontade e ficar longe de todo mundo, a tolerância de admitir somente o sol, talvez uma sombra pequena e qualquer no bolso como única companhia, pode até parecer loucura. Ainda mais se você também desejar ficar em silêncio, no mais completo silêncio. Sabe, talvez não seja loucura, acho que se chama necessidade. A busca de mais do que encontrar alguém, encontrar-se com si mesmo. Equilibrar-se, querer conhecer toda a imensidão, sabendo que é necessário, antes de tudo, saber qual é o nosso norte. Há muito tempo me perdi de mim... acho que fechei os olhos. Queria tudo e queria muito, a todo tempo. Sem brincadeiras, isso até me fez engordar. Hoje eu aposto numa dieta mais saudável, em todos os sentidos da minha vida. Não é deixar de lado, é saber dosar. Equilibre-se.